
Neste post abordarei minha visão sobre Bitcoin. Obviamente é um ponto de vista individual e enviesado por minhas experiências, vivencias e estudos sobre o tema, mas que com certeza terá uma interpretação que poderá de alguma forma ajudar o leitor a compreender a principal função, ou seja, o propósito do Bitcoin. Antes de prosseguirmos há que se notar um ponto chave sobre o assunto: No bloco gênesis (primeiro bloco minerado) o criador do Bitcoin Satoshi Nakamoto gravou a seguinte mensagem: 3 de janeiro de 2009, The Times “Chancellor on brink of second bailout for banks” (“Chanceler à beira de um segundo resgate para os bancos”) na prática essa menção à reportagem do jornal The Times deixa claro que ali nascia uma alternativa ao sistema monetário vigente. Mas porque essa alternativa foi proposta? A reportagem mostra que alguns bancos norte americanos ficaram sem dinheiro para pagar seus credores e foram socorridos pelo FED (Federal Reserve – Banco Central dos EUA) para não irem à falência. Ok, mas o que isso tem a ver com a criação do Bitcoin? Veja pequeno padawan: Para salvar os bancos da quebradeira geral o FED criou dinheiro, num passe de mágica. Literalmente apertou um botão e criou dinheiro, e não! Você não leu errado: o FED criou dinheiro apertando provavelmente a tecla Enter de algum PC rodando Windows XP e fez aparecer dinheiro na conta dos bancos à beira da falência. As consequências desse ato de criar dinheiro do nada fez com que todos que possuíam dólares fossem penalizados. Para entender essa parte imagine que você é um comerciante de cavalos do século 18. Seus animais são raros e difíceis de se conseguir, portanto a escassez o faz cobrar um preço justo de 2 moedas de prata por cada animal. Tudo vai bem até que um morador do seu vilarejo descobre uma floresta não muito longe onde vivem milhares de cavalos da mesma raça que você comercializa. O impacto é quase que imediato, o mercado é inundado de cavalos iguais aos seus e já não é mais possível cobrar 2 moedas de prata por cada cavalo, ou seja, o aumento do número de animais sem o aumento da demanda fez com que o produto vendido perdesse valor. O mesmo aconteceu com o dólar: o aumento no número de dólares criados sem o aumento da produtividade/demanda fez com que o moeda perdesse valor de compra. Daí entra o Bitcoin, com o propósito de ser um dinheiro que ninguém consegue criar “apertando um botão”. Esse no meu ponto de vista é sua principal função. Se em 2009 o dinheiro vigente fosse o Bitcoin os bancos teriam que arcar com as consequências de suas más administração/gestão e irem à falência. Em resumo nenhum ser humano deveria ter o poder de criar dinheiro infinito, ainda mais com o agravante de que essas pessoas com esse poder nunca pagam por seus erros, ou seja, eles pulam do penhasco e quem morre é você. Não há incentivos para eles pararem. Bitcoin conserta isso. As regras perversas de funcionamento das políticas monetárias dos Bancos Centrais estão prestes a receber um choque de realidade. O predador Bitcoin chegou a sua juventude e está ávido por se alimentar de suas presas, as moedas fiduciárias. Marquem a data desse post, e no futuro quando o preço tiver se multiplicado várias vezes quero que cheguem a conclusão correta que é a seguinte: A moeda fiduciária perdeu valor. 1 Bitcoin é = a 1 Bitcoin.
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